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Um livro sobre ter um coração diferente.

Passei a vida ouvindo as pessoas dizendo pras mulheres grávidas “não importa se é menina ou menino, o que importa é que tenha saúde”. Em 2010 eu tive um filho que tinha um problema no coração e pensava nessa frase todo dia, perdida, martelando "E agora? O que é que importa?".

Meu primeiro passo foi me vitimizar. Passei por esse passo com força e com vontade. Minha segunda frase favorita nessa época era “o que é que eu fiz pra merecer isso?”, e tudo o que eu consegui com ela foi passar um ano sem dormir. E o menino lá, se recuperando, sendo feliz, vivendo, e eu sofrendo porque nada daquilo estava sendo como eu tinha imaginado.

Só aí, olhando pra ele, é que eu fui entender o presente que eu tinha ganhado. Que eu tinha, basicamente, duas escolhas: ficar reclamando ou transformar aquela situação – que era sim, difícil pra caramba – em poesia. Aí sim eu poderia ajudar outras pessoas, e essa possibilidade me dava um sentido que eu achava que eu tinha perdido. E minha aspiração não era só ajudar quem tinha filho doente, quem tinha parente em UTI. Tinha alguma coisa no meu sofrimento que era universal, era de todo mundo.

E então eu escrevi um livro. Que é um livro pra criança, mas é um livro pra adulto também. Ele fala sobre medo, fala sobre como a gente quer controlar o incontrolável. Fala sobre encontrar dentro da gente a sabedoria de quem já veio pra esse mundo com um passinho na frente, entendendo que fechando o coração pra vida a gente não vai muito longe não.

Quem ilustrou absurdamente esse livro foi o meu amigo mais talentoso, Eduardo Padrão, a quem eu nunca vou agradecer o suficiente. 

O produto final tem 20x20cm, 24 páginas coloridas e uma capa maravilhosa num papel um pouco mais grossinho.